Aspectos Geográficos

O município de Correntina ocupa uma área de 11.492,171 Km², tem uma população de 31.249 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE de 2010. Localiza-se na microrregião de Santa Maria da Vitória, que por sua vez integra-se a mesorregião do extremo oeste baiano, na sua vertente ocidental do Rio São Francisco.

Distante 919 Km de Salvador, capital do estado da Bahia e cerca de 635 Km em linha reta e a 550 Km de Brasília, Capital Federal. Situa-se nas coordenadas: 13º 20’24” de latitude sul, 44º 38’11” de longitude W Gr. Rumo 86º 03’50” de Salvador com altitude de 580 m acima do nível do mar.

Limita-se ao Norte com o município de São Desidério; ao sul com Jaborandi; ao leste com Santa Maria da Vitória; e ao oeste com São Domingos e Guarani no estado de Goiás.

Rios

No seu conjunto territorial o município é drenado pelos rios: Correntina, Arrojado, do Meio, Guará e Santo Antônio. Os quais integram-se a Micro-bacia do Rio Corrente que compõe a Bacia do São Francisco. É uma região de tipo climático úmido; úmido a subúmido e seco a subúmido com estação seca bem acentuada, coincidindo com o inverno. A temperatura média do mês mais frio é superior a 18ºC, possuindo uma precipitação média de 1.200 mm anuais, segundo a estação meteorológica de Correntina.

A distribuição pluviométrica ao longo do ano apresenta como característica a concentração de chuvas em um período de 5 a 6 meses (outubro a março), propiciando o cultivo agrícola de subsistência e cultivo de grãos em larga escala. Atualmente a região é vista como espaço de produção e acumulação capitalista, antes expresso na região centro sul do país, hoje expresso nos mega projetos, os quais transformam o cerrado numa grande
fronteira agrícola.

Vegetação e relevo

Temos por um lado uma vegetação classificada como cerrado arbóreo aberto sem floresta de galeria; parque sem floresta de galeria; parque com floresta de galeria, gramínea lenhosa com floresta de galeria, floresta estacional decidual, contato caatinga-floresta estacional.

No relevo regional predomina o chapadão Central; depressão do São Francisco; patamares do chapadão. Uma superfície mais baixa, em torno de 400 a 600 metros relativas aos vales fluviais e uma superfície mais elevada do planalto ocidental da Bahia que inicia na divisa de Goiás e Tocantins em cotas de 900 a 1000 metros, e vai declinando suavemente em direção ao Rio São Francisco. Essa área é constituída por arenito, alcançando em alguns pontos a espessura de 2300 metros. A geologia é constituída por arenitos finos e médios, gnaisses, calcários dolomíticos, siltitos, folhelhos, argilitos e ardósias.

ECONOMIA

O município ocupa atualmente uma posição de destaque no cenário geoeconômico pela produção de grãos em grande escala, atraindo grandes empresas nacionais e multinacionais que instalam todo seu arsenal produtivo.

No setor agrícola destaca-se a produção em larga escala de soja, milho, café, cana-de açúcar entre outras, com bom índice de produtividade. Na pecuária, por meio da substituição da vegetação natural, por grandes campos de pastagens a bovinocultura ganha lugar de destaque.

A ocupação pelo grande capital favoreceu a concentração fundiária e a expulsão dos posseiros de suas terras, perda dos valores culturais, extração de minérios, degradação ambiental entre outros. Essas intervenções antrópica vêm transformando o espaço correntinense de forma desordenada, sem o parecer da comunidade científica, ações essas, que vêm interferindo em todo o conjunto florístico e faunístico da região e ameaçando os recursos hídricos.